5 Erros comuns na utilização de autoclaves e como evitá-los
Evite os erros mais comuns na utilização de autoclaves e melhore os seus processos de esterilização. Descubra como no nosso artigo.
O seu autoclave está a funcionar corretamente? Teve algum inconveniente ao utilizá-lo? Sabe quais são os problemas mais frequentes sentidos pelos utilizadores quando utilizam um autoclave?
A utilização de um autoclave é essencial em vários setores industriais, desde hospitais e laboratórios de microbiologia até à indústria farmacêutica e centros de investigação. Estes dispositivos são essenciais para esterilizar implantes médicos, instrumentos e resíduos, assegurando a inativação completa de quaisquer microrganismos e garantindo um ambiente seguro e livre de contaminação. No entanto, a utilização incorreta dos autoclaves pode comprometer seriamente a eficácia deste processo crítico.
Na RAYPA, como especialistas em autoclaves de laboratório, identificámos os erros mais comuns que podem ocorrer quando utiliza um autoclave. A nossa experiência permite-nos fornecer-lhe um conjunto de recomendações básicas para garantir que cada ciclo de esterilização é bem sucedido e seguro. Aqui estão cinco erros comuns ao usar o autoclave e as nossas recomendações práticas para os evitar, garantindo uma esterilização eficaz e prolongando a vida útil do seu equipamento.
1. sobrecarga do autoclave
A sobrecarga do autoclave é uma causa frequente de esterilização incompleta. A tentativa de esterilizar demasiados artigos de uma só vez não só prolonga desnecessariamente a fase de aquecimento, como também impede a livre circulação de vapor dentro da câmara. É crucial que todas as superfícies internas e externas dos artigos estejam acessíveis ao vapor para uma esterilização correta.
A solução é prática e simples. É fundamental distribuir uniformemente os artigos no interior do autoclave, certificando-se de que deixa um espaço mínimo entre eles para facilitar a circulação ideal do vapor. Além disso, é sempre aconselhável colocar indicadores químicos e biológicos no interior da carga para verificar se a esterilização foi realmente correta. Para além disso, é essencial seguir as recomendações do fabricante sobre a capacidade máxima de carga de cada modelo de autoclave.
O cumprimento destas diretrizes não só assegurará uma esterilização bem sucedida, como também prolongará a vida útil do seu autoclave.
2. Utilização de um tipo incorreto de ciclo de esterilização
A seleção de um ciclo de esterilização inadequado é um erro comum que pode comprometer seriamente a eficácia de um processo de esterilização.
Cada tipo de carga requer um conjunto específico de parâmetros e processos para garantir uma esterilização completa e segura. Entre os mais importantes estão a remoção de gases não condensáveis, a duração da fase de esterilização, a temperatura de esterilização, a pressão e a utilização da função de secagem. A utilização de um ciclo incorreto pode não só resultar numa esterilização incompleta, mas também em alterações indesejadas na composição do material e até causar danos estruturais nos objetos processados.
Um exemplo claro deste erro é a utilização de um programa concebido para cargas sólidas aquando da esterilização de líquidos. Os líquidos requerem uma fase de arrefecimento com despressurização lenta e, em alguns casos, a utilização de suporte de pressão. Outro problema típico é utilizar os mesmos parâmetros de tempo de ciclo para processar grandes ou pequenos volumes de líquidos, o que é um erro grave, uma vez que os grandes volumes de líquidos demoram mais tempo a aquecer e, por conseguinte, requerem tempos mais longos para uma esterilização correta.
A chave para evitar este erro é a formação e a atenção aos pormenores. É essencial familiarizar-se com os diferentes ciclos de esterilização que existem e estão disponíveis num modelo de autoclave e compreender qual é o mais adequado para cada tipo de carga. Para tal, deve consultar cuidadosamente as especificações fornecidas pelo fabricante do material e do autoclave. Certifique-se de que a seleção do ciclo se baseia na compatibilidade com o material, tendo em conta fatores como a resistência ao calor e a sensibilidade à humidade.
Exemplos comuns que requerem ciclos específicos incluem líquidos, recipientes herméticos, artigos com geometrias complexas, objetos embalados e têxteis.
Ao seguir estas diretrizes, não só garantirá uma esterilização eficaz, como também protegerá a integridade dos instrumentos processados.
3. Humidade em cargas têxteis e objetos porosos após o final de um ciclo de esterilização
A presença de humidade residual em cargas têxteis e porosas no final de um ciclo de esterilização indica um processo não otimizado ou um mau funcionamento do autoclave. Estes materiais devem estar completamente secos no final do processo de esterilização. A humidade residual, sob a forma de água condensada, atua como uma barreira à livre circulação do vapor e é um fator de risco importante para a recontaminação ao remover a carga. Esta humidade residual pode servir de terreno fértil para os microrganismos, comprometendo o objetivo da esterilização.
Para evitar este problema, é essencial utilizar sempre um programa que inclua pré-vácuo fracionado e secagem final. Este ciclo é concebido para, em primeiro lugar, remover todo o ar frio da câmara através de múltiplos impulsos de vácuo, seguido da injeção de vapor saturado produzido por um gerador de vapor e, em seguida, remover e expulsar toda a humidade residual através de um sistema de secagem.
Isto garante que os artigos são retirados completamente secos e em condições ótimas para utilização posterior ou armazenamento seguro. Além disso, consoante o volume e a complexidade da carga, pode ser necessário prolongar a fase de secagem final.
Além disso, a disposição dos artigos no autoclave influencia a eficiência da secagem. É essencial assegurar que as embalagens ou contentores não estão demasiado apertados ou mal distribuídos, permitindo assim uma circulação adequada do vapor. O espaçamento correto facilita uma secagem uniforme e completa.
Se, depois de aplicar estas recomendações, os artigos continuarem húmidos após o ciclo de secagem, é necessário verificar o estado do equipamento e efetuar as regulações ou reparações necessárias.
A aplicação destas medidas garante que o processo de esterilização é concluído com êxito, evitando o problema de uma carga húmida no final do ciclo e os seus riscos de esterilização incompleta ou de recontaminação.
4. Ignorar a importância da qualidade da água
A qualidade da água utilizada nos autoclaves é um fator crítico que é frequentemente ignorado, mas que tem um impacto significativo na eficiência da esterilização e na longevidade do equipamento.
A utilização de água que não cumpra as normas recomendadas pode levar à formação de depósitos de calcário nas paredes da câmara e nos componentes internos do autoclave, causando perdas de eficiência, transferência excessiva de minerais para os objetos processados e, eventualmente, avarias. Isto não só afeta negativamente o desempenho do autoclave, como também pode comprometer a qualidade da esterilização.
A solução é clara e simples: é imperativo utilizar apenas água descalcificada ou purificada no seu autoclave. Este tipo de água contém uma concentração muito baixa de sais e outras impurezas que podem interferir com o processo de esterilização. Além disso, é essencial implementar um regime de controlo de qualidade para a água utilizada, com testes regulares para garantir a sua pureza.
A escolha do tipo de água dependerá sempre das instruções do fabricante e da utilização prevista do autoclave. Como regra geral, todos os autoclaves para fins médicos ou que utilizem um gerador de vapor devem utilizar água purificada.
Para resolver estas questões, a RAYPA oferece aos seus clientes amaciadores e purificadores de água validados para utilização com o nosso equipamento. Além disso, fornecemos indicações claras sobre este aspeto nos nossos guias de instalação e manuais de instruções para cada modelo. Se tiver alguma dúvida, a nossa equipa de vendas estará disponível para o aconselhar.
Lembre-se de que manter uma atenção rigorosa à qualidade da água não só evita a acumulação de minerais e problemas de corrosão, como também garante uma esterilização eficaz e prolonga a vida útil do autoclave.
5. Falta de manutenção e calibração regulares
Um autoclave bem conservado é essencial para uma esterilização eficaz e segura. No entanto, a negligência da manutenção e calibração regulares pode levar à perda progressiva de eficiência ou à falha do equipamento, comprometendo a eficácia do processo de esterilização. Problemas como a deterioração dos vedantes e das válvulas ou a descalibração dos controlos de temperatura e pressão podem passar despercebidos até resultarem numa falha ou numa esterilização ineficaz.
A implementação de um programa rigoroso de manutenção e calibração é vital. Este deve estar alinhado com as recomendações do fabricante do autoclave e incluir aspetos fundamentais como a limpeza regular do equipamento, a inspeção e substituição de vedantes e válvulas e a calibração periódica. A calibração dos sensores garante que os ciclos de esterilização funcionam nas condições exatas de temperatura e pressão necessárias para uma esterilização eficaz.
Estabelecer e cumprir um plano de manutenção detalhado não só prolongará a vida útil do autoclave, como também garantirá elevados padrões de esterilização. Isto é crucial não só para cumprir os regulamentos de saúde e segurança em várias indústrias, mas também para garantir a confiança em cada ciclo de esterilização efetuado.
Se estiver a ter estes ou quaisquer outros problemas com o seu autoclave, por favor contacte-nos. A nossa equipa de especialistas irá ajudá-lo a resolver as suas dúvidas e, em conjunto, faremos com que o seu autoclave volte a funcionar perfeitamente.